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    13 de setembro de 2015

    OPERAÇÃO "VULCANO"

    Quando as coisas correm mal...

    A Operação Vulcano ocorreu na Guiné, em Março de 1969, e o que seria a operação típica de ataque de pára-quedistas a uma base de guerrilheiros, com o apoio da aviação, esteve à beira de se transformar em sério desaire.

    O PAIGC, depois das primeiras acções contra os aviões portugueses efectuadas com metralhadoras 12,7 mm, deu novo passo para contrariar a superioridade aérea portuguesa, e no Sul da Guiné, na fronteira com a Guiné-Conacri, foram referenciadas, na zona de Cassebeche, posições de armas antiaéreas ZPU-4 (quádruplas), de origem soviética, pelo que se decidiu realizar uma operação para destruir essas armas e capturá-Ias.

    A operação iniciou-se com o bombardeamento aéreo realizado pelos sete aviões Fiat G-91 (R4) disponíveis no território, a que se seguiu a tentativa de heliassalto com duas companhias de pára-quedistas apoiadas por helicanhões, uma a norte e outra a sul das posições do PAIGC.

    Na manhã de 7 de Março, na primeira formação de bombardeamento, um Fiat acertou com uma bomba de 200 kg numa ZPU e «acredita-se que tudo vai correr pelo melhor». Os helicópteros AL-III colocaram a vaga inicial de pára-quedistas, mas logo depois do desembarque estes começaram a ser batidos pelo fogo e descobriu-se que continuavam activas três armas antiaéreas. Um Fiat e um DO-27 foram atingidos, mas conseguiram regressar à base, sendo decidido empregar a reserva de quarenta pára-quedistas, que se viram envolvidos num incêndio provocado pelos disparos das armas. A companhia de pára-quedistas encontrava-se a quinhentos metros da posição da ZPU, mas estava detida debaixo de fogo. Outro avião foi atingido, tendo o comandante da operação considerado «a situação preocupante».




    Os páras não progrediam devido à reacção das forças do PAIGC, só existiam cinco aviões operacionais, não era possível empregar os helicópteros armados, que não tinham qualquer possibilidade de sobrevivência naquelas circunstâncias e, à medida que o dia avançava, mais difícil seria recuperar os pára-quedistas. «Torna-se urgente tomar uma decisão perante a iminência do desastre», escreveria o comandante da operação, e as hipóteses eram dar ordem para os páras se lançarem ao assalto às posições mais fortes, com elevados custos em baixas, mantê-los na área, obrigando-os a pernoitar e deixando-os à mercê dos ataques com morteiros e artilharia durante a noite, ou mandar retirar.

    Foi esta última a opção tomada e a meio da tarde, todas as forças portuguesas tinham abandonado o Quitafine. Aquilo que poderia ter sido grande «ronco», um sucesso, falhara por falta de meios de bombardeamento capazes de eliminar as resistências antes do assalto, mas o PAIGC, que viu a maior parte das suas armas destruídas por estarem em posições fixas, aprendeu que, para ter êxito na luta antiaérea, necessitava de armas de emprego mais flexível, facilmente transportáveis e dissimuláveis. Essa arma seria o míssil terra-ar SAM-7 (Strella), que surgiu em 1973 e desequilibrou a guerra na Guiné a favor do PAIGC.

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