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    6 de setembro de 2015

    ENFERMEIRAS PÁRA-QUEDISTAS RELATOS I

    Rosa Serra
    Alf.Enfª.Parqª


    Em Agosto de 2015 fez 54 anos que se formaram as primeiras enfermeiras pára-quedistas.

    Estas foram as primeiras mulheres que se candidataram ao 1º Curso de Enfermeiras Pára-quedistas em Portugal.
    Foto:Rosa Serra




    Aqui pousando junto do seu director de curso, o Cap.Paraqª. Fausto Marques.
    Foto:Rosa Serra

    Foi em 1961 que entraram num quartel, que apenas estava preparado para homens, onze jovens mulheres para frequentarem o curso de pára-quedismo.
    Chegaram ao fim do curso apenas seis, que ficariam conhecidas como “As Seis Marias”. Foram as primeiras mulheres portuguesas a serem equiparadas a militares, e eram todas enfermeiras.
    Hoje está mais divulgada a sua existência e a sua acção; contudo grande parte das pessoas desconhecem quem são essas mulheres como seres humanos e acredito até, que a maioria nem saiba o seu nome.
    Eu apareci alguns anos mais tarde, em 1967, mas tenho muito gosto em deixar o meu testemunho sobre estas grandes mulheres, cujos nomes são:

    -Maria Arminda Lopes Pereira
    - Maria Zulmira Pereira André
    - Maria Nazaré Morais
    - Maria do Céu Policarpo
    - Maria Ivone Quintino dos Reis 
    -Maria de Lurdes Rodrigues.


    Embora tenham sido "SEIS MARIAS",que no dia 08.08.1961 terminaram o curso com aproveitamento, na foto só estão cinco,faltando a Maria Nazaré que torceu um pé ao efectuar o seu 4º salto. Da
    esqª/Dirª. Maria do Céu, Maria Ivone, Maria de Lurdes, Maria Zulmira, Maria Armanda e o Cap.Parqª.Fausto Marques, director de Curso.
    Foto:Rosa Serra.


    Terminado o curso de imediato partiram para a guerra do Ultramar que tinha começado.Prova disso,esta foto efectuada em Luanda em Outubro de 1961,à porta pensão do casal Guilhermina e Januário,onde se pode ver da Esqª/Dirª. Maria Nazaré,Maria Arminda,Maria de Lurdes,Maria Zulmira,na companhia da Esperança,afilhada dos referidos proprietários da pensão.
    Foto:Rosa Serra.

    A razão que me leva a falar do primeiro curso, deve-se ao facto de elas estarem quase a fazer meio século de existência (bodas de ouro). E há cinquenta anos atrás, mulheres que entram numa unidade militar num Portugal repleto de mentes fechadas, não hesitarem, não se deixarem intimidar pelo que os outros poderiam pensar e dizerem presente logo que foram convidadas, para mim, são dignas de admiração. A elas devemos a entrada das mulheres portuguesas nas Forças Armadas. Afinal foram elas que abriram as portas às fileiras femininas.
    Falarei apenas das que conheci na vida activa, como enfermeiras pára-quedistas, e que em mim
    despertaram grande apreço e admiração.
    Embora conhecesse pessoalmente as seis, foram quatro com quem me cruzei em qualquer lugar por onde andávamos. É para estas que vai o meu olhar, com o respeito e admiração como profissionais e sobretudo como seres humanos maravilhosos que eu tive a sorte de conhecer e continuar a ter contacto frequente com todas, tal como todas elas fazem parte da minha lista de amigas.
    Além do curso de pára-quedismo, também foi com elas que reforcei a minha aprendizagem na forma de reagir perante as adversidades, a gestão das minhas emoções, dos meus medos e inseguranças e antes que a onda da velhice me leve da lembrança, as pegadas da vida que trilhei em conjunto com elas, quero revelar aqui, algumas particularidades que vão para além do conhecimento geral e como são as 4 Marias que eu tanto admiro.
    Com a descrição que farei individualmente de cada uma, é minha intenção em jeito de homenagem e apenas a titulo pessoal, revelar àqueles que tiverem gosto ou curiosidade em saber através deste testemunho, algumas das suas características como pessoas e o quanto elas foram importantes na minha vida e se calhar não só na minha, bons exemplos humanos.
    Não falarei da Maria Nazaré, que infelizmente não está entre nós, porque apenas a conheci muito
    superficialmente, anos depois de ela ter saído da F.A. e pouco tempo antes de ela partir para outra dimensão.
    Da Maria do Céu Policarpo também pouco tenho a dizer pois, como quase todos devem saber, o seu
    desempenho como enfermeira pára-quedista foi muito curto, o que limita o meu conhecimento de como ela era nessa época. Pelo que hoje conheço dela acredito que deveria ser uma jovem aventureira e alegre.
    Da enfermeira Ivone também já fiz um depoimento, resta agora manifestar-me sobre o que penso da Maria Arminda, da Maria Zulmira e da Maria de Lurdes.
    A todas elas deixo um grande abraço de agradecimento por serem minhas amigas e peço que não se zanguem por revelar algumas das vossas características à grande caserna de militares que entram neste blogue e talvez a tantos outros portugueses que, sabendo ou não da vossa existência, se por acaso entrarem neste mundo informático actual tomem conhecimento de quem eram e ainda são estas Marias de mão cheia, que apareceram em 1961 dentro das valorosas Tropas Pára-quedistas.


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